quinta-feira, 14 de maio de 2015

A Adolescência e as Drogas – Um Alerta para Todos Nós!



Duas semanas atrás, a OEA (Organização dos Estados Americanos), divulgou um relatório onde aponta o elevado uso de drogas entre os adolescentes de 13 a 17 anos. O consumo da maconha, por exemplo, teria aumentado em todo o continente Americano no último ano, com o Chile ocupando o primeiro posto. Seis em cada dez adolescentes disseram que é fácil conseguir a maconha.

Se não bastasse isso, surge com força também, a utilização por parte desses jovens, das chamadas drogas sintéticas. Isso em todo o mundo. De 2008 a 2013, segundo o UNODOC, Escritório de Drogas e Crimes das Nações Unidas, foram identificadas mais 350 novas drogas sintéticas. Essas drogas exercem um forte atrativo sobre os jovens, pois são consideradas as “drogas da vez”, com certo apelo de moda e modernidade.

Em Abril, na cidade de Nova Iorque, foi decretado um alerta depois de mais de 160 internações hospitalares por uso de canabinoides sintéticos (substâncias que imitam a maconha, mas com potência elevada) (fonte: UOL). O que têm assustado é que pesquisas estão revelando que o uso dessas substâncias é cada vez mais precoce. Isso aumenta o risco de abuso, dependência e problemas de saúde.
Nessa lista de conseqüências podemos mencionar: confusão mental, agressividade, delírios, surtos de ansiedade, alucinações, hipertermia, arritmias, convulsões, etc.

O que chama a atenção dos pesquisadores e especialistas, como também a nossa, são os motivos associados a esse aumento na utilização dessas substâncias. Entre os apontados pelas pesquisas estão “a facilidade de acesso a essas drogas” e “a ampla variedade delas”. Até aí nenhuma novidade, se não estivesse “linkado” com esses fatores uma característica do jovem contemporâneo: “baixa percepção dos riscos que essas substâncias podem trazer”.

Em outras palavras, os jovens não têm noção do impacto que o uso dessas drogas (literalmente) pode ocasionar em sua vida. Por conta desse desconhecimento (às vezes, nem se sabe o que está sendo consumido), somado ao atrativo da “modernidade” (a “onda do momento”, a “vibe da vez”), o adolescente e o jovem, tornaram-se presas fáceis.

Acredito que precisamos e podemos fazer alguma coisa. Como Igreja, precisamos reconhecer que esse problema existe e que os nossos jovens e adolescentes, que também são a igreja, “estão no mundo” apesar de “não pertencerem” a ele. Como instituição Igreja, precisamos alertar, discutir, informar, conscientizar e instrumentalizar, as novas gerações para o que elas vão encontrar “lá fora”, como também, capacitar os líderes e responsáveis que possuem jovens sob seus cuidados, para que estes tenham condições de minimizar os riscos, bem como, lidar com as situações, caso elas aconteçam.

Não podemos ter medo de responder algumas questões que, na verdade, são clamores de um mundo que padece. Quem precisa (e pode) oferecer uma resposta é a Igreja, que alega possuir a verdade que liberta, que sacia a fome e mata a sede que existe dentro de todo ser humano. O Evangelho continua sendo relevante, continua sendo o “poder de Deus” e continua oferecendo a mesma pessoa: Jesus, o Cristo.
   
Precisamos parar de, tão somente, responsabilizar as novas gerações pela situação em que elas se encontram. É necessária uma aproximação, daqueles que são mais “experientes” em relação àqueles que “estão expostos” as muitas investidas de uma sociedade que não valoriza a vida, na intenção de cuidá-los, amá-los, e não, simplesmente e terrivelmente, condená-los pelas diferenças presentes em seu contexto.

Temos que resgatar a “visão de Corpo”, família e Igreja. Precisamos viver essas verdades, e assim, proporcionar o ambiente ideal para que todos sejam aceitos, transformados e capacitados para enfrentar os desafios do nosso tempo.

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