A Adolescência e as Drogas – Um Alerta para Todos Nós!
Duas semanas atrás, a OEA (Organização dos Estados Americanos), divulgou um relatório onde aponta o elevado uso de
drogas entre os adolescentes de 13 a 17 anos. O consumo da maconha, por
exemplo, teria aumentado em todo o continente Americano no último ano, com o
Chile ocupando o primeiro posto. Seis em cada dez adolescentes disseram que é
fácil conseguir a maconha.
Se não bastasse isso, surge com
força também, a utilização por parte desses jovens, das chamadas drogas
sintéticas. Isso em todo o mundo. De 2008 a 2013, segundo o UNODOC, Escritório de Drogas e Crimes das Nações Unidas, foram identificadas mais 350 novas drogas
sintéticas. Essas drogas exercem um forte atrativo sobre os jovens, pois são
consideradas as “drogas da vez”, com certo apelo de moda e modernidade.
Em Abril, na cidade de Nova
Iorque, foi decretado um alerta depois de mais de 160 internações hospitalares
por uso de canabinoides sintéticos (substâncias que imitam a maconha, mas com
potência elevada) (fonte: UOL). O que têm assustado é que pesquisas estão revelando que o
uso dessas substâncias é cada vez mais precoce. Isso aumenta o risco de abuso, dependência
e problemas de saúde.
Nessa lista de conseqüências podemos
mencionar: confusão mental, agressividade, delírios, surtos de ansiedade, alucinações,
hipertermia, arritmias, convulsões, etc.
O que chama a atenção dos
pesquisadores e especialistas, como também a nossa, são os motivos associados a
esse aumento na utilização dessas substâncias. Entre os apontados pelas
pesquisas estão “a facilidade de acesso a essas drogas” e “a ampla variedade
delas”. Até aí nenhuma novidade, se não estivesse “linkado” com esses fatores
uma característica do jovem contemporâneo: “baixa percepção dos riscos que
essas substâncias podem trazer”.
Em outras palavras, os jovens não
têm noção do impacto que o uso dessas drogas (literalmente) pode ocasionar em
sua vida. Por conta desse desconhecimento (às vezes, nem se sabe o que está
sendo consumido), somado ao atrativo da “modernidade” (a “onda do momento”, a “vibe
da vez”), o adolescente e o jovem, tornaram-se presas fáceis.
Acredito que precisamos e podemos
fazer alguma coisa. Como Igreja, precisamos reconhecer que esse problema existe
e que os nossos jovens e adolescentes, que também são a igreja, “estão no mundo”
apesar de “não pertencerem” a ele. Como instituição Igreja, precisamos alertar,
discutir, informar, conscientizar e instrumentalizar, as novas gerações para o
que elas vão encontrar “lá fora”, como também, capacitar os líderes e
responsáveis que possuem jovens sob seus cuidados, para que estes tenham
condições de minimizar os riscos, bem como, lidar com as situações, caso elas
aconteçam.
Precisamos parar de, tão somente,
responsabilizar as novas gerações pela situação em que elas se encontram. É necessária
uma aproximação, daqueles que são mais “experientes” em relação àqueles que “estão
expostos” as muitas investidas de uma sociedade que não valoriza a vida, na
intenção de cuidá-los, amá-los, e não, simplesmente e terrivelmente,
condená-los pelas diferenças presentes em seu contexto.
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