sexta-feira, 11 de abril de 2014

A certeza do céu!





Estava pensando sobre esta certeza que nos é garantida pela Palavra de Deus. Se  cremos e confessamos Cristo Jesus, então, podemos ter a certeza da nossa salvação. Aqui não quero defender posições teológicas, seja ela calvinista, arminiana ou qualquer outra. O fato de sermos salvos pela soberania de Deus ou pelo uso do livre arbítrio não será o foco desta reflexão. Também não quero tratar a salvação como sendo um dia específico, em que tivemos o nosso encontro com Cristo. Gostaria de considerar a salvação um processo, o qual nas palavras de Paulo, precisamos desenvolver com temor e tremor.

Creio que as perguntas nos trarão as respostas diante deste tema. O que gostaria de pensar é: será que temos realmente essa consciência da salvação? Seria ela verdadeira para nós? Se o é, então porque ainda nos preocupamos tanto com aquilo que é material e passageiro? Se fôssemos utilizar as palavras do próprio Cristo, estamos juntando tesouros na terra. O pior de tudo isso é que, muitas vezes, exigimos de Deus que Ele nos dê aquilo que Ele não prometeu em sua Palavra. Para piorar, utilizamos equivocadamente a própria Palavra, que é de Deus, para embasar as nossas exigências.

A salvação deixou de ser o maior presente que Deus poderia nos oferecer. Nos esquecemos de qual era a nossa situação antes de conhecê-lo. Estávamos “mortos” em nossos delitos e pecados e Ele nos deu Vida. Infelizmente relacionamos essa vida que Jesus nos oferece àquilo que é material, enquanto que, a Palavra nos diz que Deus já nos “abençoou com toda sorte de bençãos celestiais em Cristo Jesus”. Já somos abençoados, não importa quais são as circunstâncias que nos cercam. Isso torna a vida com Deus maravilhosa. Não faz diferença o que enfrentamos, Ele já nos abençoou e nada pode mudar isso!

Será mesmo que tenho a certeza da vida eterna? Lembrando que eternidade pode ser com Deus ou sem ele. Se minha consciência tem essa convicção, por que não me esforço mais para pregar o Evangelho àqueles que ainda não conhecem a Cristo? Talvez tenhamos dificuldades para falar aqueles que não conhecemos e essa poderia ser uma desculpa simplória da nossa parte, tendo em vista que, esses também precisam ouvir. Mas ainda que seja essa a nossa posição, porque não nos empenhamos mais, então, em cumprir a Grande Comissão deixada pelo Cristo, pelo menos com aqueles que conhecemos, os que são da nossa casa, vizinhança, amigos, trabalho, faculdade, etc.


O que são 80 ou 90 anos perto de toda a eternidade? Então, se essa certeza existe em minha vida, por que não vivo esses anos aqui na terra à luz da eternidade, sabendo que o que faço nessa vida tem consequências eternas. Não levamos em consideração o fato de que já vivemos, no presente, aquilo que é eterno. Parece que prefiro viver voltado para os meus caprichos e dilemas, lamentações e frustrações, um dia após o outro.  O altruísmo pregado pelo Evangelho do Cristo, que me ensina a pensar no outro, foi transformado pelo consumismo dos nossos dias em um egoísmo materialista. O ter proporcionado por Mamon tornou-se mais importante do que o ser alguém aos olhos de Deus!

Se temos a certeza do Céu e da nossa salvação, isso precisa motivar as nossas vidas. Nossos sonhos e planos, projetos e aspirações precisam ser influenciados por esta certeza.  A eternidade começa a partir do momento que nos encontramos com Cristo. As palavras de Paulo precisam ser as nossas: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho!” Andar como Ele andou precisa ser a nossa meta. A certeza do Céu me faz vivê-lo hoje. Preciso viver neste mundo como alguém que não pertence a ele. Preciso ser um cidadão do céu aqui na terra, que vive, confessa, honra, serve e glorifica Aquele que tornou-se o seu Senhor: Jesus, o Cristo! Essa é a evidência e também a consequência de que, de fato, o céu tornou-se uma certeza para mim! 

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