Pessoas que me desafiaram (e desafiam)
Pois é! Acordei pensando nisso
hoje. Em pessoas! Não de maneira aleatória, mas naquelas que tiveram algum tipo
de influência sobre minha vida e que me desafiaram. Se tivermos como referencial
o ponto de vista dessas pessoas em relação a mim, não sei se elas teriam muito
orgulho do que sou, porque, na verdade, o que elas são parece algo muito
distante da minha realidade.
Passei a questionar o porquê
achava isso. Vamos lá, quem sabe, alguns detalhes não se tornem ainda mais claros
e concretos neste momento de lembranças e reflexões. São pessoas comuns, que
passaram pela minha vida, que fizeram parte da minha história.
Quando penso nessas vidas, tenho
para mim que foram pessoas que viveram de maneira autêntica, ou seja, elas eram
realmente o que demonstravam ser. Sem máscaras, sem prisões comportamentais ou
preocupações com posições e status que precisavam ser mantidos.
Não havia a intenção de se
agradar os outros e se beneficiar com isso. A famosa troca de favores. Muito
pelo contrário, toda solidariedade e ajuda eram sinceros, sem interesses
escusos ou segundas intenções, nada além do que o simples desejo de ajudar ocupava
os seus corações.
Em nossos dias isso parece
utopia. Quem sabe realmente não o seja. Até porque quando nos deparamos em vida
com pessoas dessa índole, isso não parece ser real. Verdadeiramente elas se
tornam um lampejo do paraíso entre nós. Conseguem nos chamar a atenção para um
nível de compaixão que revela a divindade Daquele que as fez assim, o próprio
criador!
Outro grupo de pessoas que me
desafiam, são aquelas que vivem de maneira simples. Conseguem transcender o
material e valorizar o que realmente tem valor. São apaixonadas pela vida, veem
beleza nas flores, encanto no sorriso de uma criança, transformam o abraço em
um momento único, sentem saudades, valorizam a presença do outro. Pessoas que
têm facilidade em fazer amizades porque elas são amigas.
Como não existe esse apego ao que
é material, elas estão livres da opressão e angústia causados pelo consumismo
do nosso tempo. Nos ensinam que o que de fato tem valor, na verdade, não tem
preço. Elas mesmos não se deixaram enquadrar neste sistema em que todos tem um
preço. Conseguem fazer do pouco, muito!
Como nos sentimos bem na presença
dessas pessoas. Elas nos mostram que existe em nós algo muito
maior e profundo do que as etiquetas e marcas que vestimos e usamos. Elas nos valorizam pelo que somos e não pelo que temos. E por existir em nós essa tendência de desvalorização por conta do que não temos, ou seja, por conta das coisas que não conseguimos comprar, elas conseguem nos desafiar revelando em nossas vidas aquilo que já possuímos e que riqueza é apenas uma questão de referencial.
maior e profundo do que as etiquetas e marcas que vestimos e usamos. Elas nos valorizam pelo que somos e não pelo que temos. E por existir em nós essa tendência de desvalorização por conta do que não temos, ou seja, por conta das coisas que não conseguimos comprar, elas conseguem nos desafiar revelando em nossas vidas aquilo que já possuímos e que riqueza é apenas uma questão de referencial.
Creio que uma característica
comum a estes grupos de pessoas poderia ser destacada. A humildade. Longe de
ser um traço de fraqueza ou um sinônimo de “coitadinho”. Os humildes me
desafiam com a sua força. Primeiramente porque uma das exigências da humildade
é o autoconhecimento. Enxergar-se sem medo da verdade, isso é sinônimo de
coragem e, talvez, um dos encontros mais marcantes que poderíamos experimentar
em nossa existência. O dia em que nos enxergamos sem as máscaras que costumamos
usar.
Como fico constrangido ao lado de
pessoas assim. Por saberem quem são, não se julgam superiores aos outros, ou
melhor, não se veem no direito de julgar ninguém, por que eles têm essa consciência
a seu respeito. Observadoras, falam apenas quando solicitados, gentis, dóceis,
e, desafiadoras. Como dizem as Escrituras Sagradas, transmitem com o seu
silêncio, a sabedoria.
Gostaria de destacar um último
grupo de pessoas, apesar de existirem tantos outros a serem mencionados. São aqueles
que têm uma vida devocional que revelam uma amizade sincera com Jesus Cristo de
Nazaré. Falam de Jesus como se eles e o próprio Cristo tivessem um encontro
todos os dias. Na verdade, creio ser isso que nos inquieta tanto. Essas pessoas
através da sua relação com Jesus nos mostram que Cristo é mais vivo e presente
do que nossas ferramentas e métodos hermenêuticos-exegéticos podem confirmar.
Conseguiram entregar suas vidas
por completo a Cristo, sem ressalvas nem reservas, apenas tudo.
Morreram para viver a vida do Cristo. Sua intimidade com Jesus demonstra o quanto vivem n’Ele. Encaram a vida da perspectiva da eternidade.
Morreram para viver a vida do Cristo. Sua intimidade com Jesus demonstra o quanto vivem n’Ele. Encaram a vida da perspectiva da eternidade.
A oração é algo comum, constante
e diário. Ouvir a voz de Deus, natural, até porque movem-se n’Ele. Por estarem
ligados à Videira, produzem frutos, muitos frutos. Sua vida é a própria
Escritura. Um sermão de carne e osso.
Essas pessoas me desafiaram sob vários aspectos!
E ao lembrar-me delas, continuo sendo desafiado! Até porque “são pessoas das quais o mundo não era digno”.
Não se renderam ao pensamento vigente e viveram esta vida já pensando na outra!
A estes, meus sinceros agradecimentos!